ORIGEM DO
BACALHAU
- para os povos de língua portuguesa; Stockfish
para os anglo-saxônicos; Torsk para os dinamarqueses; Baccalà
para os italianos; Bacalao para os espanhóis; Morue,
Cabillaud para os franceses; Codfish para os ingleses.
(O nome bacalhau,
de acordo com o Dicionário Universal da Língua Portuguesa,
tem origem no latim baccalaureu )
Mundialmente
apreciado, a história do bacalhau é milenar. Existem registros de
existirem fábricas para processamento do Bacalhau na Islândia e na
Noruega no Século IX. Os Vikings são considerados os pioneiros na
descoberta do cod gadus morhua, espécie que era farta nos
mares que navegavam. Como não tinham sal, apenas secavam o peixe ao
ar livre, até que perdesse quase a quinta parte de seu peso e
endurecesse como uma tábua de madeira, para ser consumido aos pedaços
nas longas viagens que faziam pelos oceanos.
Mas deve-se aos bascos, povo que habitava as duas vertentes dos
Pirineus Ocidentais, do lado da Espanha e da França, o comércio do
bacalhau. Os bascos conheciam o sal e existem registros de que já
no ano 1000, realizavam o comércio do bacalhau curado, salgado e
seco. Foi na costa da Espanha, portanto, que o bacalhau começou a
ser salgado e depois seco nas rochas, ao ar livre, para que o peixe
fosse melhor conservado.
Fonte: Internet
MOLHO BÉCHAMEL
- Diz a lenda que tal alquimia foi idealizada pelo marquês Louis de
Béchameil (1630-1703), um financista francês , especialista em
agricultura e assessor do rei Louis XIV. Na verdade , na Itália, o
molho já existia desde o século 14, uma especialidade da região
de Cesena, nas imediações do mar Adriático sob o nome de
Balsamella.
O marquês, efetivamente, apenas utilizou a coisa antiga numa
receita de frango. Provavelmente motivado pela coincidência incrível
das nomenclaturas, assumiu o molho
como seu.
Fonte:
"A cozinha Clássica" de Silvio Lancellotti
CREME DE CHANTILLY - O universo deve o creme a um doido fantástico,
Fritz Carl Vatel (1635-1671). Um doido que morreu cedo, aos 36 anos
de idade. Aliás, um doido que se suicidou a fim de não se
desonrar. Um empregado de salão, rigorosamente suíço, Vatel
provocou a atenção dos senhores da casa palacial de Chantilly e,
jovem ainda, pelo seu charme e pela sua competência, ficou famoso
nas cortes da França.
Impossível desvendar se a preciosidade aconteceu propositadamente-
ou acidentalmente. Verdade que o leite da região de Chantilly, onde
Vatel se alojou aos 27 anos de vida , era mais gorduroso e , por
isso mesmo, mais apropriado à bateção que o transformaria numa
pasta vaporosa e densa. Melhor: depois das suas experiencias
iniciais, ao resultado da sua combinação, Vatel adicionou açúcar.
Maravilha . Imbatível maravilha, o creme Chantilly.
Fonte:
"A cozinha Clássica" de Silvio Lancellotti
FONDUE
- Antes de tudo, fique claro: a Fondue, e não o Fondue. Como inúmeros
prêmios da gastronomia, nasceu da necessidade.
Cerca de 7 anos atrás, alguns povos dos Alpes da Suíça produziram
mais queijo do que conseguiam vender e consumir. Veio o inverno e o
produto se enrijeceu ao ponto do lixo. Na temporada seguinte, de
novo diante de um estoque superlativo, a comunidade se reuniu e alguém,
brilhantemente, expôs a sua idéia excepcional. O exagero seria
derretido. E para sua melhor conservação, à massa se
acrescentaria algum álcool , vinho e/ou aguardente, o Kirsh,
destilado local de cerejas. A mistura se reendureceria com o frio e
não mais se estragaria. Depois, bastaria rederretê-la. A operação
inaugural aconteceu em um gigantesco caldeirão.A fim de
experimentar o sabor, um cidadão mergulhou no queijo derretido, um
espeto com um pedaço de pão nas pontas, e assim surgiu o prato
nacional da Helvécia.
Fonte:
"A cozinha Clássica" de Silvio Lancellotti
ESCALOPE
- Substantivo proveniente do gaulês arcaico eschalope,
denominação de um molousco, primo do inglês scallop e
aparentado com as vieiras do Brasil. Ao se fritarem as lascas de
carne muito finas, elas se enrodilhavam e assumiam um formato
equivalente ao do molusco.
Fonte:
"A cozinha Clássica" de Silvio Lancellotti.
FRANÇA DE
LUÍS XIV: Com Luís XIII que se começou a buscar uma ordem de
apresentação dos pratos, mas só com Luís XIV, que se deixou de
colocar todos os pratos ao mesmo tempo na mesa, seguindo uma ordem:
primeiro as sopas, depois as entradas, os assados, as saladas e, por
fim as sobremesas, isso porque Luís XIV era uma pessoa que comia
muito e apreciava muito esse momento.
Os doces, que só eram servidos em festas, passaram a vir todos os
dias à mesa de Luís XIV, que apreciava muito os mesmos e, mais
tarde, já faziam parte das mesas da Europa depois das refeições.,
sendo produzidos em grande variedade pela pastelaria francesa.
Apesar de gostas muito de comer, ele comia com as mãos. Nessa época,
só os nobres tinham instrumentos especiais para cortar a comida. Os
talheres eram considerados objetos de uso pessoal, e cada um tinha
seu próprio estojo, levando no bolso para o caso de o anfitrião não
ter talheres para os convidados. Esses estojos eram muito apreciados
e significavam distinção.
Os cozinheiros nessa época da gastronomia francesa, tinham o hábito
de dar os nomes dos patrões ou de personalidades aos seus pratos,
em retribuição ao interesse que demonstravam pela gastronomia.
Fonte:
"Comida e Civilização" de Carson I.A.Ritchie.
GARFO -
O garfo é descoberto oficialmente pelo restaurante La Tour D´Argent.
Introduzido na Europa a partir do século XV, na Itália.
Antigamente as pessoas comiam com as mãos, com o tempo surge uma
espécie de garfo, com dois dentes , o qual as pessoas espetavam sua
comida e facilitava assim a degustação.
Fonte: "Comida e Civilização" de Carson I.A.Ritchie.
STROGONOFF
- Prato de origem russa. Seu nome original é Strogonov. No século
XVI, na Rússia, os soldados levavam sua ração de carne, cortada
em nacos, em grandes barris, debaixo de uma mistura de sal grosso e
aguardente para preservar. Coube a um cozinheiro do czar Pedro, o
Grande, que era protegido do general Strogonov, melhorar e refinar a
mistura. Com a Revolução de 1917 e a emigração dos russos
brancos, a receita chegou a França, onde foi refinada, chegando a
forma atual.
Fonte:
"Comida e Civilização" de Carson I.A.Ritchie
RESTAURANTE
- Até metade do século XVIII, a palavra restaurant, em
francês, significava apenas e especificamente
"fortificante". O termo era aplicado a caldos e gemadas
destinados a fortificar, a reparar as forças após uma doença ou
um grande esforço.. Em 1765, o Sr. Boulanger , dono de uma espécie
de botequim, afixou na frente de seu estabelecimento uma placa com
os seguintes dizeres " Boulanger vende restaurantes
divinos" .Por seu tipo de estabelecimento, ele só podia vender
caldos. Em 1786, se implanta o hábito da "mesa de hóspedes"
, o que significava que os clientes poderiam passar a sentar-se à
mesa do dono do estabelecimento para comer lá mesmo o prato
comprado, em vez de leva-lo para casa. Entretanto, com a Revolução
Francesa, tanto privilégios como corporações foram abolidos. Com
isso, os donos desses estabelecimentos puderam passar a preparar e
servir, eles próprios, todo tipo de comida. Desde então , o estilo
de estabelecimento firmou-se na França e se espalhou por outros países.
Fonte:
"Comida e Civilização" de Carson I.A.Ritchie
LEONARDO DA
VINCI - No século XIV e XV, ele possuía um restaurante, no
qual foi inventado o Cardápio, pois nele existiam vários
pratos, e para que seus clientes pudessem saber e provar seus
diversos pratos, ele criou o cardápio no qual indicava e explicava
cada prato feito em seu restaurante.
Leonardo Da Vinci, também inventou o guardanapo, pois ele
quando comia macarrão, se sujava inteiro, e assim acabou inventando
um método fácil para proteger-se quando comia.
Fonte:
"Comida e Civilização" de Carson I.A.Ritchie
ORIGEM DO
SUSHI - está na antiga China onde, mais do que um prato,
foi um método de preservação de peixes. Cozido o arroz,
colocava-se no seu interior pedaços de peixe e sal. O peixe assim
"embrulhado" fermentava por meses, e só ele servia de
alimento.
Tal método chegou ao Japão há 2 mil anos, e lá, o período
de fermentação foi alterado e adicionou-se vinagre de arroz ao
sushi. Com o passar do tempo, o arroz passou a ser consumido também.
Fonte: Internet
ORIGEM DA
PIZZA - Do Egito à Grécia Clássica, até Roma e Pompéia,
estiveram presentes alimentos que nos fazem recordar o preparo e o
cozimento de nossa atual pizza. No antigo Egito, era costume
celebrar o aniversário do Faraó, comendo uma massa achatada e
condimentada com ervas aromáticas. Também, têm-se registro de
relatos de algumas receitas Babilonesas e, no século VII a.C, um
poeta soldado, em seus versos, nos informa que possuía uma massa
achatada junto à sua lança - base principal da alimentação de um
soldado naqueles tempos.
Muitos
consideram a pizza atual como uma invenção da culinária italiana,
que começou na sulina cidade de Nápoles. De fato, a pizza é vista
com atenção especial pelos napolitanos como o seu tesouro culinário,
uma reflexão da História popular: os Lombardos, chegados no sul da
Itália depois da queda do Império Romano, trouxeram suas búfalas
que, encontrando ambiente ideal na região do Lázio, abasteceram-se
de leite para a criação da "mozzarella" e posteriormente,
coma descoberta do Novo Mundo, chegaria à Europa o elemento fundamental
para a pizza, sem o qual esta jamais poderia existir: o TOMATE. Depois
de algumas desconfianças iniciais, o tomate acaba por ingressar triunfalmente
na culinária napolitana e a pizza se beneficiará disto, aproximando-se
ainda mais do formato com a qual é conhecida na atualidade.
Por volta de 1700
e 1800, a pizza se consolida como um dos pratos da culinária napolitana
mais tradicionais e preferidos pelo público. A então Rainha da Itália
e Savóia, Margherita (originária da Áustria), esposa de Umberto I,
elevou a pizza de suas origens humildes, quando um pizzaiolo, fez três
pizzas diferentes para a Rainha. Ela gostou de uma coberta com tomates,
mussarela e manjericão. Foi quando a "Pizza Margherita" ganhou
o seu nome.
Fonte: Internet
HISTÓRIA DO
MACARRÃO
A palavra "macarrão" vem do grego makària (caldo de
carne enriquecido por pelotinhas de farinha de trigo e por cereais,
cerca de 25 séculos atrás). A palavra pasta (massa dos italianos)
vem do grego pastillos (pastillos é citado nos textos do poeta Horácio,
especialista em versos culinários). Textos antigos relatam que os assírios
e babilônios, por volta de 2.500 a.C., já conheciam uma pasta cozida
à base de cereais e água, que pode ser considerado o avô do nosso
atual macarrão.
A primeira referência
e mais próxima ao Ocidente do macarrão cozido está no Talmud de Jerusalém,
o livro que traz as leis judaicas, do século V a.C. O itriyah dos antigos
hebreus era uma espécie de massa chata usada em cerimônias religiosas.
Na Roma antiga,
século VII a.C., comia-se uma papa de farinha cozida em água, chamada
pultes. Com legumes e carne eram chamadas de puls púnica. Com queijo
fresco e mel, puls Julia.
Finalmente, os
latinos contemporâneos de Cristo já se deliciavam com um prato
batizado de macco (caldo de favas e massas de trigo e água).
Entretanto, na Itália, já em 1279, 16 anos antes do retorno de
Marco Pólo foi registrada uma cesta de massas no inventário de
bens de um soldado genovês. A palavra maccaronis, usada no inventário,
seria derivada de maccari, de um antigo dialeto da Sicília, que
significa achatar ou esmagar com força, que vem do grego makar, que
quer dizer sagrado.
Fonte: Internet
TEMPURA
- Influência Portuguesa no Japão, trazida por missionários. A
Palavra vem de têmporas, os dias de prece e jejum que se repetiam
quatro vezes ao ano, segundo o calendário eclesiástico, durante os
quais os portugueses se abstinham de carne e comiam camarões
fritos, à maneira que os japoneses passaram a chamar tempura.
Fonte: Livro " De caçador a gourmet"de Ariovaldo
Franco
CHAMPAGNE
- Surgiu em 1668, quando Dom Pérignon, abade de Hautvillers,
observou que o vinho das uvas da região de Champagne desenvolvia
uma fermentação secundária, produzindo pequenas bolhas e gás.
Isso, até então, era considerado algo a evitar. Dom Pérignon, ao
contrário, resolveu favorecer e controlar essa fermentação. Criou
assim o que se chama a técnica champenoise.
Fonte: Livro "De caçador a gourmet" de Ariovaldo
Franco
CROISSANT
- Vários autores afirmam ser o croissant originário de Budapeste.
Sua forma seria uma referência à lua crescente da bandeira otomana
e lembrança da vitória húngara sobre o invasor turco em 1686.
Fonte:
Livro "De caçador a gourmet" de Ariovaldo Franco
ORIGEM DO NOME SALVIA:
O nome Salvia, erva originaria do
Mediterrâneo, vem da palavra salvar (no sentido de salvar), pois
era utilizada na Idade Média como planta medicinal, com
propiedades digestivas.
É tempero para pratos à base de
carne, peixe de carne rija e queijos de sabor forte. Pode também
aromatizar pães.
ORIGEM DO NOME SALVIA
O nome Salvia, erva originária do
Mediterrâneo, vem da palavra salvar (no sentido de salvar),
pois era utilizada na Idade Média como planta medicinal, com
propiedades digestivas.
É tempero para pratos à base de
carne, peixe de carne rija e queijos de sabor forte. Pode também
aromatizar pães.
A HISTÓRIA DO CHOCOLATE
por Márcia Pinheiro Vianna (Nutricionista do BrChef)
O nome chocolate vem do grego "Theobroma", que
quer dizer "alimento dos deuses".
Este nome foi dado por Carlos Linnaeus, um botânico sueco que
conhecia a trajetória do chocolate através da história dos povos.
Tudo começou há séculos atrás, com as civilizações asteca e
maia, mais precisamente no México e na Guatemala. No México, os
astecas cultuavam o deus Quetzalcoatl. Ele personificava a sabedoria
e o conhecimento e foi quem lhes deu, entre outras coisas, o
chocolate. Os astecas acreditavam que Quetzalcoatl trouxera do céu
para o povo as sementes de cacau, que também servia como moeda para
este povo. Eles festejavam as colheitas, oferecendo às vítimas de
sacrifícios taças de chocolate.
Então um dia, diz a lenda, Quetzalcoatl ficou velho e decidiu
abandonar os astecas. Partiu em uma jangada de serpentes para o seu
lugar de origem - a Terra do Ouro. Antes de partir, porém, ele
prometeu voltar no ano de "um cunho", que ocorria uma vez
a cada ciclo de 52 anos no calendário que ele mesmo criara para os
astecas. Enquanto isso, por volta de 600 a.c., os maias, que também
conheciam o chocolate, estabeleciam as primeiras plantações de
cacau em Yucatan e na Guatemala. Considerados importantes
comerciantes na América Central, eles aumentaram mais ainda suas
riquezas com as colheitas de cacau. Dele se obtinha uma bebida fria
e espumante, chamada "tchocolath". O valor do cacau também
estava em suas sementes. Elas eram as moedas.
Quando Cristóvão Colombo chegou à América provou o chocolate
e o levou para a Europa. O "tchocolath" não era a bebida
agradável de hoje. Era bastante amarga e apimentada. As tribos da
América Central geralmente o preparavam misturando com vinho ou com
um purê de milho fermentado, adicionado com especiarias, pimentão
e pimenta. Naquela época, o chocolate era reservado apenas aos
governantes e soldados, pois acreditava - se que, além de possuir
poderes afrodisíacos, ele dava força e vigor àqueles que o
bebiam.
Mais tarde foi Cortez quem pisou naquelas terras e, sem dúvida,
ficou muito impressionado com a mística que envolvia o chocolate e
mais ainda com o seu uso corrente. Assim, com o intuito de gerar
riquezas para o tesouro de seu país, ele estabelece uma plantação
de cacau para o rei Carlos V, da Espanha. E, como bom negociante,
começa a trocar as sementes de cacau por ouro, um metal indiferente
àqueles povos. Os espanhóis aos poucos se acostumavam com o
chocolate e, para atenuar o seu amargor, diminuíam a proporção de
especiarias e o adoçavam com mel. Já o rei Carlos V tinha o hábito
de tomá-lo com açúcar.
Rapidamente, o chocolate se espalha entre a família real e os
nobres da corte espanhola. Cortez levara para a Espanha todo o
conhecimento daquelas tribos primitivas de como lidar com o cacau e
preparar o chocolate. Sabia como colher, retirar as sementes dos
frutos e depois espalhá-las ao sol para fermentar e secar. Sabia
também que elas deviam ser assadas sobre o fogo e depois esmagadas
em uma gamela de pedra, até se obter uma pasta aromática, a qual
era misturada com água para se chegar à bebida.
Na Espanha, as cozinhas dos mosteiros serviam como local de
experiência para o aprimoramento do chocolate e a criação de
novas receitas. Os monges aperfeiçoaram o sistema de torrefação e
a moenda do chocolate, transformando-o em barras e tabletes para
serem dissolvidos em água quente, como era apreciado nos salões
aristocráticos.
Durante todo o século XVI, porém, os espanhóis conservaram
para si esta preciosa iguaria, não querendo compartilhá-la com
outros países. No entanto, seus planos foram por água abaixo em
meados do século XVII, quando começaram a vazar as primeiras
informações sobre o chocolate.
Já em 1657, surge em Londres a primeira loja de chocolate. Em
1660, o filho de Ana da Áustria, Luís XIV, que subira ao trono,
casa-se com outra princesa espanhola, Maria Teresa. Esta segunda união
ibérica acaba firmando de vez o domínio de chocolate na França. A
corte comentava que Maria Teresa, uma esposa devotada, tinha duas
paixões: o rei e o chocolate.
Enquanto a monarquia solidificava o hábito de consumir chocolate na
França, outros países também começavam a se interessar por ele e
a procurar pela sua própria fonte de suprimento. O governo espanhol
mantivera o comércio de chocolate fechado até o século XVI. E,
para sustentar o seu monopólio, estabelecera taxas pesadas de
importação, de forma que ele permanecesse ainda durante muito
tempo uma bebida apenas das classes privilegiadas. Como se não
bastasse, os estoques de sementes de cacau da Espanha eram
limitados.
Em 1765, um médico, James Barker de Dorchester, se associa a um
fabricante de chocolate recém-chegado da Irlanda, John Honnon, e
funda a primeira fábrica de chocolate dos EUA: a Companhia Barker.
Naquela época, o chocolate já podia ser consumido temperado com
cravo ou almíscar, dissolvido em vinho ou leite quente e adoçado
com açúcar. Ele começa a ser aperfeiçoado e surgem novidades.
Em 1819, François Louis Cailler abre a primeira fábrica de
chocolates suíços. Sete anos depois, em 1826, Philipp Suchard começa
a fazer chocolate misturado com avelãs moídas. Em 1875, Daniel
Peter e Henri Nestlé inventaram o chocolate ao leite.
Em 1914 estoura a Primeira Guerra Mundial, determinando o fim da
expansão das indústrias chocolateiras. São feitas restrições às
exportações do produto. Tabletes de chocolate passam a fazer parte
da ração de emergência dos soldados americanos em serviço, pois
além de bastante energético, mantém a temperatura do corpo estável,
mas a experiência não dá muito resultado. Para cumprir o papel de
ração de emergência, o chocolate era demasiado irresistível para
ser guardado sem ser comido.
Em 1945, fim da segunda guerra e com ela as barreiras ao
desenvolvimento das indústrias chocolateiras. A lavoura cacaueira
começa a se expandir na Bahia no século XVIII. A partir de 1954
instalam-se no Estado de São Paulo as primeiras plantações. Hoje,
o Brasil ocupa a posição de sexto maior produtor mundial de cacau.
Os
benefícios do chocolate
O chocolate se tornou um alimento muito popular no mundo
inteiro e muito se tem discutido sobre suas propriedades.
Muitos afirmam que o chocolate não traz benefício nenhum,
pois além de ser muito rico em gorduras e açúcares simples,
também possui alcalóides teobromina, e cafeína, substância
presente no café e chá preto, que causa irritabilidade e
aceleração no metabolismo. Mas por este mesmo motivo, o
chocolate foi muito utilizado durante guerras para os soldados
não perderem a temperatura corporal durante a noite e dias
muito frios.
O
chocolate também é rico em substâncias aromáticas que lhe
são acrescidas para dar sabor e cheiro característico. O
cacau é uma boa fonte de ferro. Mas por ser de valor calórico
e de lipídeos muito alto, seu consumo deve ser moderado.
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Gastronômicas
- Na era
Vitoriana, homens e mulheres sentavam-se separados, em lados
opostos da mesa.Paulatinamente, a exemplo de que era de praxe
no continente, adotou-se a maneira se sentar os convidados
alternando homens e mulheres. Tal prática era então chamada
de dining promiscously.
Ao final da sobremesa, as senhoras se retiravam da sala
de jantar para o banheiro por eufemismo denominado powder room
ou para outra sala onde era servido chá. Os homens
permaneciam à mesa para os brindes e, eventualmente, as
conversas picantes.
Essa reunião masculina muitas vezes se prolongava e o
efeito diurético do champagne e dos outros vinho podia se
manifestar. Por isso havia, num compartimento do aparador ou
por de trás das cortinas, urinóis para quem os necessitasse.
Os cavalheiros podiam, assim, se aliviar sem ter que
interromper a conversação!
Ps.: Powder Room, significa "Quarto de se empoar" (
ato de passar pó branco no rosto)
Fonte: Livro " De caçador a gourmet" de
Ariovaldo Franco
- Na
Roma antiga as refeições eram divididas em 3 etapas:
O desjejum romano, o jentaculum se resumia a um pedaço
de pão umedecido em vinho ou comido com mel, queijo, ou
azeitona.
Inicialmente, a cena , refeição principal, era servida por
volta de meio dia. Quando a cena começou a ser servida mais
tarde, foi introduzida uma outra refeição o prandium ou almoço.
Mais frugal que a cena, o prandium podia consistir de pratos
frios e de sobras da véspera. Quase nunca era acompanhado de
vinho. Depois do prandium, principalmente no verão, era comum
uma breve sesta.
Fonte:
Livro " De caçador a gourmet" de Ariovaldo Franco
- Na Espanha da Idade Média, almoçava-se entre nove e dez
horas da manhã, e o jantar era por volta das três da tarde.
A maioria das pessoas se limitava a estas duas refeições.Entre
nobres castelhanos do século XIII, entretanto mencionam-se
cinco refeições: almuerzo pela manhã, yantar ao meio dia,
merienda, à tarde, cena ao fim do dia e zaborar à noite.
Na alimentação da aristocracia predominavam as carnes
assadas. As receitas dos manuscritos da época são sobre tudo
de pratos destinados a acompanhar e a realçar os assados,
muitos destes acompanhamentos eram moídos em almofariz para
serem comidos com colher.
Fonte:
Livro " De caçador a gourmet" de Ariovaldo Franco
- Em um
banquete chinês, geralmente não se serve arroz. Sua ausência
é um sinal de que o anfitrião ofereceu tão ampla variedade
de alimentos que seu convidados não necessitam do arroz
cotidiano.
- Também na china, o uso de palitos para comer é sinal de
boa educação, em contraste com o comer dos dedos. Não se
usa faca de mesa, pois cortar e picar são tarefas para
cozinheiros e seus auxiliares, nunca feitas à mesa.
Fonte:
Livro " De caçador a gourmet" de Ariovaldo Franco
- Num
jantar japonês, os convivas não se servem de saquê.
Servem-se uns aos outros, jamais a si mesmos. Ao ser servida,
uma pessoa não deve deixar seu copo sobre a mesa e sim,
levantá-lo em direção à garrafa. Com esse gesto, demonstra
ter percebido a deferência de que foi objeto, antes de
agradecê-la.
Fonte:
Livro " De caçador a gourmet" de Ariovaldo Franco
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DICAS
GERAIS DE COZINHA
Não coloque alimentos quentes ou mesmo mornos dentro do freezer.
Pratos prontos devem ser resfriados em água com gelo antes de
estocados.
Para que as omeletes não grudem, esfregue sal no fundo da
frigideira.
Para evitar que os ovos fritos grudem, aqueça bem a frigideira
antes de colocar o óleo. Se a frigideira for nova, ferva nela um
pouco de vinagre antes de usar.
Tire a massa de tomate da lata e guarde num potinho ou copo de
vidro. Despeje por cima um pouco de óleo, para evitar que embolore.
Conserve na geladeira.
Para pegar pequenos cacos de vidro quebrado, utilize uma bola feita
com miolo de pão.
Quando não tiver papel alumínio para cobrir os pratos para assar,
substitua por qualquer outro papel fino. Mas antes, embeba em óleo,
para não pegar fogo.
Ao terminar de usar a esponja de aço, tire todo o sabão e deixe
num recipiente com água. Troque a água sempre que usar. Assim, ela
não enferruja.
Para afiar lâminas do moedor de carne, coloque um pedaço de lixa
em seu interior e gire a manivela algumas vezes.
Para afiar tesouras, corte com elas uma lixa de água. O atrito das
lâminas com a lixa vai deixar a tesoura afiadíssima.
Para descongelar rapidamente a geladeira, desligue-a, e coloque em
sua prateleira uma vasilha com água quente e feche a porta.
Tire as manchas dos copos de cristal esfregando no local das manchas
uma fatia de cebola.
Uma pasta bem grossa de clara de ovo e cal é uma ótima cola para
cristais quebrados.
Para que os copos de vidro comum fiquem limpos e brilhantes, lave-os
com pó de café usado e enxágüe. Copos de cristal lave com álcool.
Para tirar o cheiro de remédio dos copos, esprema dentro um pouco
de suco de limão.
Para deixar mais limpos os panos de prato, lave-os em água morna
misturada com vinagre e sal.
Quando um ralo estiver entupido com gordura, coloque uma xícara de
sal e uma de bicarbonato de sódio. Depois jogue por cima uma
chaleira de água fervendo.
Para limpar a tábua de carne, esfregue uma esponja grossa com amoníaco
misturado com limão, até remover a gordura fixada. Depois, lave a
tábua com água.
As velas durarão mais tempo acesas e não pingarão muito se colocá-las
no congelador durante algumas horas.
Quando colocar água ou qualquer líquido fervente num vidro,
coloque antes uma colher de metal. Assim, a colher absorverá o
calor, evitando que o vidro se quebre.
Nunca guarde condimentos perto do fogão, pois eles perderão a cor
e o sabor. Para que os condimentos
continuem sempre frescos, guarde na geladeira.
Para gelar o vinho mais rápido, envolva a garrafa em uma flanela
molhada com água gelada. Em seguida o vinho estará na temperatura
ideal.
O queijo não endurecerá se você passar margarina ou manteiga na
parte cortada.
Para que o queijo duro fique macio novamente, coloque-o de molho no
leite.
O pão de queijo ficará uma delícia se você acrescentar um pouco
de coalhada à massa.
O queijo-de-minas conservará fresco se você guardar na geladeira
dentro de um recipiente fundo com um pouco de água levemente
salgada. Vire o queijo de manhã e a noite, para que os dois lados
fiquem úmidos.
O queijo não ficará rançoso nem embolorado se você embrulhar em
um pano molhado com vinagre.
Para cortar o queijo em fatias, use uma faca sem corte. Nesse caso,
ela cortará melhor do que a faca aliada.
Rale sobras de queijo e use em molhos e sopas.
O queijo parmesão poderá ser usado até o fim, mesmo quando
estiver duro e difícil de ralar. Para isso, embrulhe o queijo num
pano molhado durante quarenta e oito horas. Depois, raspe toda a sua
superfície que a casca sairá facilmente.
Para dar aos pratos gratinados uma superfície mais crocante,
misture um pouco de farinha de rosca ao queijo ralado.
Deixe a mussarela tirada da geladeira imersa em água por duas ou três
horas. Assim, ela derreterá no forno mais facilmente.
Para que um assado fique dourado, pincele com molho de soja antes de
levar ao forno.
Para maior garantia ao comprar carne moída, não compre a que já
estiver moída no balcão. Mande moer a carne na hora.
Os bifes douram mais depressa se você acrescentar no óleo da
fritura, uma pitada de açúcar.
O bife ficará mais macio se você acrescentar aos temperos um pouco
de óleo.
Antes de fazer o churrasco, deixe a carne algum tempo num molho com
sal grosso, coca cola e caldo de laranja e de limão. O churrasco
ficará mais macio e gostoso.
Arrume a lasanha crua, de véspera, numa vasilha refratária, cubra
com leite e leve à geladeira. Coloque a lasanha no forno quarenta
minutos antes de servir.
Para fazer macarrão colorido, acrescente à massa: espinafre para
massa verde, beterraba para massa rosada ou chocolate em pó para a
massa marrom.
A língua-de-boi não desprenderá aquele cheiro característico se
você colocar uma cebola descascada para cozinhar junto.
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