Culinária Italiana     -    Gnocchi  - NHOQUE                  

Um pouco da História : A origem mais difundida sobre a tradição que diz que comer nhoque no dia 29 de cada mês refere-se à chegada de um frade andarilho em uma pequena localidade italiana, em um dia 29. Ele pedia um prato de comida. A família, apesar de grande e pobre, não negou comida ao pedinte. Repartiram o nhoque, ficando cada pessoa com sete pedacinhos. Após saborear o delicioso nhoque, o frade agradeceu e partiu. Quando foram recolher os pratos, descobriram que em baixo de cada um havia bastante dinheiro. Por isso se convencionou chamar todo dia 29 de "dia do nhoque da fortuna", acompanhado do famoso ritual de colocar dinheiro embaixo do prato, e comer os sete pedacinhos em pé, para depois comer à vontade.

Mudando conforme os ingredientes da massa e do molho, o nhoque começou a ser elaborado com várias farinhas, sobretudo de trigo, arroz e inclusive com miolo de pão. Misturadas com água, temperadas com sal e cozidas na água, propiciaram alimentos substanciosos. Anos depois, a massa foi enriquecida com espinafre, queijo, castanha, carne ou peixe. Após a introdução do milho na Itália, em meados do século 16, surgiu o nhoque de polenta. Mas foi a chegada da batata, entre os séculos 16 e 17, que mudou a história do prato.

Tornou-se seu ingrediente supremo, embora continuem prestigiados os nhoques de farinha de trigo e semolina. Os sicilianos criaram uma receita exemplar. Seu nhoque mais famoso usa farinha de trigo, ricota de ovelha; no molho, uva passa, manjericão fresco e "pinoli". A receita dos romanos leva semolina, cozinha no leite e vai ao forno com queijo parmesão.

No passado, o nhoque era uma preparação característica das cozinhas do norte e centro da Itália. Hoje, caiu em domínio nacional. Venceu até a resistência dos napolitanos, adeptos irredutíveis do espaguete e outras massas de fio longo. Alastrou-se aos países vizinhos. Na Alemanha existe um prato assemelhado. É o "spätzle", que acompanha caça ou carne assada. Também é preparado gratinado e servido em sopas. A Hungria repete a receita, mudando o nome para "galuska", que se harmoniza com o "goulash", um ensopado de carne conhecido desde o século nove. Ambos são feitos com farinha de trigo.

No Brasil, o chef francês Laurent Suaudeau criou uma obra-prima que outros cozinheiros copiam: nhoque de milho verde. A imaginação gastronômica desconhece limites. Outros cozinheiros em atividade no país desenvolveram nhoques de batata-doce, mandioca e mandioquinha.

Em qualquer receita, a massa também comporta recheios. O ingrediente mais comum é o queijo. Na região italiana do Friuli, coloca-se uma ameixa dentro do nhoque gigante de batata. Essa curiosa combinação é atribuída à influência da vizinha Áustria. Elaborações cortadas em fragmentos arredondados, frutos secos como a noz, amêndoa, castanha e avelã, sementes de frutas frescas como a romã, o bago da uva, cereais como a lentilha, alimentam o corpo e espírito em diversas culturas
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Nhoque de Macaxeira (aipim ou mandioca)
Ingredientes
Para o nhoque:
600 gramas de macaxeira cozida
175 gramas de farinha de trigo
40 gramas de manteiga de garrafa
20 gramas de sal

Modo de fazer
Passar a macaxeira cozida pelo moedor, deixar esfriar, adicionar a farinha, a manteiga, o sal, misturar tudo até virar uma massa homogênea e bem ligada. Polvilhe uma mesa de mármore com farinha de trigo, pegue pedaços da massa enrole-os da grossura de um dedo e corte os rolos em pedaços pequenos.
Coloque água com sal para ferver, adicione os nhoques aos poucos quando eles subirem e que estão cozidos. Retire com uma escumadeira e escorra muito bem.

 

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